01 outubro 2011

Somos todos enviados


Depois de cuidadosa catequese com o mês vocacional e o mês bíblico, a Igreja convoca e envia seus fiéis para a missão. Toda a espiritualidade do seguidor de Jesus é estimulada e coroada pela atividade missionária. É o saldo do que o cristão recebe em bens materiais e valores morais.  É a resposta às propostas que Jesus Cristo faz a cada instante, para que o ser humano se torne seu parceiro na história da salvação.
Tudo é missão, desde  o ministério assinalados pela unção sacerdotal até o gesto mais simples da vida de um batizado, quando realizado em sintonia com a vontade do Pai. O cristão é um missionário quando se dedica à  evangelização ou cumpre bem as tarefas decorrentes do seu compromisso de fé e a sua vocação temporal. Basta que nele exista a consciência de que nasceu e foi batizado para servir como operário do reino de Deus. Com a sua oração, anúncio e testemunho,  cabe-lhe transformar esta realidade, cheia de contradições, numa civilização fermentada pelo evangelho e costurada com  os fios resistentes da esperança e da solidariedade.
Se neste mundo que há mais de dois milênios foi batizado com a água da salvação, ainda se encontram  tantas marcas do egoísmo e da descrença: o motivo é a falta de consciência missionária na maioria dos batizados. Eles não se sentem responsáveis por  revelar, numa sociedade violenta e sem fé, a presença de Deus Pai, que os ama loucamente e os chama para apressarem o tempo da reconciliação e da unidade.
Unidos todos numa missão evangelizadora é possível que a humanidade se converta e caminhe solidária para a terra dos bem-aventurados.



D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo de Salvador

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