25 janeiro 2010

Os Dez Mandamentos de um Bom Coordenador

1) Ter visão do objetivo do grupo

Um bom coordenador de grupo de jovens deve ter visão do objetivo do grupo e saber em que direção deve caminhar e, ao mesmo tempo, continuar aprofundando seus conhecimentos, através de cursos e leituras.

2) Entender a metodologia

Tem uma metodologia de trabalho que faz com que os outro descubram as pistas concretas para chegar ao objetivo previsto. Não é imediatista. É paciente. Entende que o processo de reflexão /ação, teoria/práxis é um processo lento.

3) Saber conduzir uma reunião

O coordenador deve cuidar para que o grupo não se desvie do tema da reunião, para não desperdiçar tempo. Ele/ela faz um trabalho de “saca – rolha”: procura tirar as idéias dos participantes, levando-os e descobrir os melhores caminhos e a tirar as suas próprias conclusões.

Ele/ela aprendeu a arte de fazer perguntas, como Jesus fazia. Muitas vezes, nos Evangelhos, Jesus fazia questão de não dar uma solução pronta, mas devolvia a pergunta aos seus interrogados, para que pudessem descobri por si. O coordenador sabe manter silêncio, mesmo quando enxerga as soluções que não são percebidas pelos outros. Assim, ele/ela não mata a discussão. Guarda os “cartuchos” para o fim, falando depois dos outros.

Normalmente ele/ela deve ter uma visão mais ampla do que os outros elementos do grupo e, portanto, tem um cabide na cabeça para pendurar as perguntas que despertam para uma consciência crítica. O cabide o ajuda também, a devolver aos participantes as sua próprias idéias, de maneira sistematizada e sintetizada, para que o grupo possa dar um passo adiante. Para facilitar este trabalho, o coordenador anota palavras ou frases que fazem lembrar as idéias mais importantes que surgiram no grupo.

O coordenador também deve usar dinâmicas variadas.

4) Ser bom cobrador

Uma das funções principais do coordenador é a de cobrar funções e ações decididas pelo grupo, e não fazer a coisas que os outros podem fazer. A cobrança desperta o senso de responsabilidade e faz com que os jovens levem a sério as decisões que eles mesmos tomaram. Valoriza os passos dados.

5) Saber controlar o tempo

O coordenador cronometra antes, as diferentes partes da reunião e procura a risca essa divisão do tempo. Deve-se prorrogar o tempo só quando o grupo todo pedir.

O coordenador da exemplo de pontualidade. A reunião deve começar na hora marcada, mesmo com a presença de dois ou três membros. A falta de pontualidade é um desrespeito para com os outros. A insistência na pontualidade cria um ambiente de seriedade e responsabilidade. Caso o coordenador não possa comparecer, precisa indicar um substituto.

6) Ter boa capacidade de organização

O coordenador deve ter a capacidade de organizar bem a pastoral para que haja planejamento, acompanhamento e avaliação crítica, mas sem cair num sistema burocrático. Ele nunca trabalha sozinho, mas sempre em equipe: As decisões são tomadas em conjunto, as funções são distribuídas e cobradas. A avaliação deve ser preparada para que não se fique no geral, para que se possa chegar a decisões concretas e sentir o avanço do grupo. Não cair no erro de queimar etapas e tem bom senso e paciência histórica.

Saber despertar novas lideranças

O coordenador deve ter a capacidade de colocar o jovem certo na função certa. Precisa desenvolver a capacidade de perceber os diferentes talentos dos jovens do seu grupo e coloca-los em situações onde possam desenvolver seus talentos e, assim despertar novas lideranças.

Dar testemunho de vida coerente

Ele arrasta os outros mais pelo exemplo de vida que pelos conhecimentos teóricos, não aceitando ditado popular: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Trata-se de alguém que entende que a preparação mais importante para coordenar um grupo deve acontecer dentro dele mesmo. Deve estar em sintonia com ele mesmo para saber porque fala e faz certas coisas. Com autoconhecimento que adquire, através de uma interiorização constante, tem mais capacidade de aceitar os outros como são.

Ter empatia

O coordenador deve ter empatia para com os membros do grupo. Deve sentir quando alguns estão deixados de lado e não estão participando Os jovens vão se interessar pelo grupo na medida em que participarem e se sentirem valorizados. Quando o coordenador não tem essa sensibilidade, domina demais o grupo e dá uma de ‘professor’ na reunião.

Os bates – papos informais antes da reunião são muito importantes. Quando o coordenador quer realmente bem ao grupo e se interessa por ele, o grupo caminha.

Ser entusiasmado

O coordenador deve ser uma pessoa animada para que o grupo também se entusiasme. O entusiasmo é como uma doença contagiosa. Quem entra em contato com ele, pega. O contrário também é verdade. Um coordenador desanimado e negativo é como um coveiro cavando a cova para o seu grupo.

PERGUNTAS PARA A REUNIÃO DE GRUPO

  1. Numa escala de um a dez coloque em ordem de importância os “dez mandamentos” acima e discuta e grupo os motivos que incentivaram você a organizá-los desta maneira.

  2. Como podemos melhorar nossas coordenações?

3 comentários:

  1. Olá Junior! Adorei a dinâmica, o contrato explicito com as obrigações do grupo que denota em seu trabalho como coordenador na catequese.É bem semelhante ao trabalho que desenvolvo com a equipe de educadores da educação infantil, na ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM SÃO PAULO.
    AGRADEÇO POR COMPARTILHAR O TEXTO E SUCESSO com o SEU TRABALHO.
    ABRAÇOS

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  2. Este texto ficou ótimo.
    Com certeza serve de exemplo para diversos grupos e movimentos de pastorais.
    Espero que Deus continue sendo fonte de luz e saber para sua vida. Seguimos seu blog.

    Abraços!

    http://grupopcv.blogspot.com/

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  3. ESTE ARTIGO ESTÁ ÓTIMO! MUITO PROVEITOSO!
    PARABÉNS IRMÃO JUNIOR. QUE DEUS TE ABENÇOE!

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