A missão não pode ser como uma lâmpada que ora se acende ora se apaga. Ela é um processo que a catequese precisa ir motivando desde os primeiros passos de cada cristão. Não existe missão para si próprio. Missão é algo que impulsiona a sair de si para o bem da comunidade.
Não importa se os interlocutores da Crisma são jovens ou adultos.
Importa, sim, que todos possam assumir uma fé como processo de crescimento e que esta se expresse num comprometimento com o vasto mundo e com a comunidade eclesial.
Alguns caminhos para serem assumidos pelos crismandos:
• Exercer serviços na liturgia, catequese, CEBs, pastoral da juventude, missionária, vocacional...
• Presença e testemunho nos ambientes onde se encontram, com vistas à mudanças para um mundo mais justo e fraterno: Nas escolas e universidades, no trabalho, na política, nas movimentos ecológicos, nas associações de bairro, no meio rural, no lazer, nas comissões de justiça e paz, nas reinvindicações ecológicas, de gênero, de categorias, nas lutas por melhorias de saúde, educação, saneamento, água...
• Diz a Evangelli Nuntiandi: “O campo próprio de cada cristão/ã é o vasto e complicado mundo da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos meios de comunicação e outras realidades como: a família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e os sofrimentos” (cf. EN 70).
O documento CATEQUESE RENOVADA (n.º 26) aponta os principais compromissos de um cristão/ã. Vejamos:
• Compromisso na construção da história. Tendo fé no Deus da vida, acreditando numa efetiva organização para possibilitar maior dignidade a todos, suscitará esperança em construir um mundo diferente (CR 252-255).
• Compromisso com a família. A família é o berço de todos os valores. Ela permite a primeira experiência de comunhão na fé, no amor e no serviço ao próximo (CR 260-263).
• Compromisso com o trabalho. Construir a sociedade, sabendo que o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho (CR 264-265).
• Compromisso com a política. O cristão crismado não é um omisso diante dos problemas sociais e econômicos, mas é um concreto participante para se viver uma verdadeira democracia (CR 266-270).
• Compromisso frente à pobreza. O necessitado, excluído e oprimido merecem atenção especial. Descobrir formas para maior solidariedade (CR 271-273).
• Compromisso com o crescimento da justiça, da dignidade humana, do desenvolvimento integral e da paz, contra todas as formas que provocam a injustiça, a fome, a miséria, a escravidão das drogas, a ausência de paz... (CR 274-276).
• Compromisso frente ao pluralismo. Diante desta realidade, o maior compromisso é o diálogo. Somos chamados a termos atitudes de tolerância e responsabilidade.
• O cristão(ã), pelo sacramento da crisma é fortalecido(a) pelo dom do Espírito Santo para assumir com coerência sua fé e, portanto, a vida cristã.
O(A) Sacramento da Crisma é o que nos coloca num processo de maior maturidade e permite um testemunho feito de atitudes comprometedoras na vida, dentro da família e da comunidade.
O(A) cristão(ã) crismado(a) se torna responsável por uma Igreja viva e renovada e por um mundo mais justo e mais fraterno.
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