08 julho 2009

NORMAS PARA CATEQUESE





O Diretório Nacional de Catequese fazendo eco com o documento Catequese Renovada nos ensina que:
“A missão catequética não se improvisa e nem fica ao sabor do imediatismo ou do gosto de uma pessoa. Catequese é uma ação da Igreja e um projeto assumido pela comunidade, como um “processo de educação comunitária, permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da fé” DNC 319 e CR 318.
Segue dizendo o DNC
.
“A catequese precisa de uma organização apropriada para responder às situações e realidades diversificadas das comunidades e integrada na pastoral orgânica, para evitar a dispersão de forças. Ela será eficaz se a comunidade, paróquia e diocese tiverem um projeto de evangelização.”DNC 320.
Seguindo um pouco adiante o DNC nos diz que é
tarefa da coordenação diocesana
,
“discernir sobre a idade, duração das etapas, celebrações e outros elementos necessários para o bom andamento da catequese. Elaborar ou indicar
para a diocese instrumentos necessários para a educação da fé de seus membros como: textos, manuais, subsídios, programas para diferentes idades. Promover uma aprimorada
formação dos catequistas, sobretudo das coordenações
paroquiais, envolvendo-os em jornadas, reuniões, escolas catequéticas, retiros, momentos de oração e de confraternização...” cf. DNC 327
O Saudoso Papa João Paulo II,
no Documento Catechesi Tradendae
se dirige aos bispos e a todos os que
ocupam funções eclesiásticas, dizendo:
“Senhores bispos, que a preocupação em promover uma catequese ativa e eficaz não ceda nada frente a qualquer outra preocupação seja ela qual for.
O vosso papel principal deve ser o de suscitar e alimentar nas vossas Igrejas uma verdadeira paixão pela catequese. Uma paixão, porém, que encarne numa organização adaptada e eficaz,
que empenhe na atividade as pessoas, os meios e os instrumentos e também os recursos financeiros.
Podeis ter a certeza disso:
se a catequese for bem feita nas vossas Igrejas locais, tudo o mais será feito com maior facilidade
. Por outro lado, se o vosso zelo tiver de vos impor algumas vezes a tarefa ingrata de denunciar desvios, corrigir erros, ele deve proporcionar-vos muito mais
freqüentemente a alegria e a consolação de ver as vossas Igrejas florescentes, porque a catequese aí é dada como o quer o Senhor!”
CT 63.
Além disso, a realidade familiar nos
interpela muito fortemente,
e nos convida investirmos nossas forças.

“... a família hoje exige uma catequese acolhedora, criativa e encarnada, que dê esperança, que mostre como viver o amor dentro das condições objetivas de cada pessoa”. DNC 296.

Para que a família seja espaço de educação da fé é preciso, por parte da Igreja:
  1. organizar uma adequada formação catequética com os adultos;
  2. acompanhar com ações programadas os jovens cristãos que se preparam para o matrimônio;
  3. fazer parcerias com as pastorais e os movimentos que trabalham junto às família para que acompanhem e ajudem a superar as dificuldades das famílias cujos filhos estão na catequese;
  4. proporcionar às famílias uma experiência de Deus, ajudando-as a terem gosto pela oração e pela leitura orante da Bíblia, pela participação nos sacramentos, na vida da comunidade e na promoção da caridade;
  5. criar comunidades onde haja relações familiares de amizade, partilha, gratuidade e espaço de lazer onde se articulam a festa e a alegria, o compromisso e o prazer;
  6. estimular os pais para que sejam seguidores de Jesus com convicção, coerência e perseverança;
  7. criar pontes entre as gerações, onde a sabedoria e a memória da fé dos idosos são levados em conta;
  8. acolher com caridade as famílias ou núcleos familiares de segunda união que buscam um sentido para a vida;
  9. realizar encontros de catequese na casa dos catequizandos, junto com os pais, tendo em vista experiências de catequese familiar existentes no Brasil e no exterior, com bons resultados. DNC 300.

Seguindo as orientações seguras que a Igreja nos oferece e, levando em consideração o anseio dos catequistas, depois de ouvir os diversos setores interessados de nossa Diocese, através de pesquisa elaborada no ano de 2007, de estudos feitos em algumas áreas pastorais, com o clero diocesano, os coordenadores paroquiais de catequese, estamos estabelecendo normas comuns para a catequese diocesana. Isso nos ajudará na comunhão e no testemunho eclesial, facilitando nosso trabalho evangelizador na Diocese de Novo Hamburgo.

PRIMEIRA EUCARISTIA
1 – As crianças serão admitidas para a Primeira Eucaristia no ano que completarem dez (10) anos.
2 – O período de duração da catequese será de dois (2) anos. Ex.: aos que entrarem em março, a contagem se dará de março até o final do ano seguinte quando receberão o sacramento.
3 – Os encontros terão uma duração de 1h e 30min uma vez por semana contando com um mínimo 60 encontros durante os dois (2) anos e a participação na missa dominical.
4 – Ao término do período de dois anos organizar um encontro/retiro para os catequizandos.
5 – Fazer a cada ano um retiro para os pais de um (1) dia, sendo que para cada ano que os filhos estão na catequese, os temas deverão ser de forma diferenciada já que estes estão também em processo de educação da fé.
6 – Não deixar lacuna entre Primeira Eucaristia e Crisma. Isto é, ao terminar a catequese de Primeira Eucaristia deverão entrar no ano seguinte para a catequese de Crisma.

CRISMA
7 – A admissão à catequese de crisma se dará no ano imediatamente posterior ao término da Primeira Eucaristia.
8 – O período de duração da catequese de crisma deverá ser de dois (2) anos.
9 – Os encontros terão uma duração de 1h e 30min uma vez por semana contando com um mínimo de 60 encontros durante os dois (2) anos e, a participação da missa dominical.
10 – Ao término do período de dois anos os crismandos deverão participar de um retiro espiritual com duração de um final de semana.

PÓS-CRISMA
11 – Após a recepção do sacramento os jovens deverão ser encaminhados aos grupos de jovens, onde não houver, estes deverão ser criados.
12 – Também, segundo os talentos, os jovens poderão ser inseridos em outras pastorais, movimentos ou serviços.

ADULTOS
13 – Sabemos que o número de adultos que procuram os sacramentos é cada vez maior, e eles devem ser acolhidos com muito carinho.
14 – O pároco deverá destinar, como nos diz o DNC, um de seus melhores catequistas para trabalhar com os adultos.
15 – O número de encontros deverá ser de no mínimo quinze (15), com a duração de 1h e 30min e mais a participação na missa dominical.


OUTRAS ORIENTAÇÕES
A – Convidar os catequizandos a participar do dízimo mirim, ação que ajuda o catequizando e sua família a formar uma consciência comunitária, no sentido da manutenção da evangelização.
B – Para incentivar a participação na missa, sugerimos que a paróquia adote um dos “álbuns catequético/litúrgicos” que existem no mercado, que ainda ajudarão numa educação litúrgica.
C – Onde não existe, sugerimos que seja criado o movimento “BOM PASTOR” para responder pastoralmente o desafio de trabalhar com o grande número de pais de segunda união.
D – Empenhar esforços na formação de catequistas, para que a catequese seja cada vez mais eficiente e eficaz.
E – Proporcionar periodicamente, o máximo a cada dois meses de intervalo, noites de formação para os pais.
F – Quanto aos manuais, temos muitos no mercado que poderão nos ajudar como o da Diocese de Tubarão, da Diocese de Caxias do Sul, da Arquidiocese de Curitiba, da Arquidiocese de São Paulo, da Diocese de Osasco... e logo mais teremos um elaborado pelo setor Bíblico-Catequético Nacional.
G – Além do manual por excelência da catequese que é a Bíblia e dos livros adotados, (Manual do catequista e do catequizando e Álbum Catequético-Litúrgico) a catequese deve trabalhar outras matérias, como: material da CF, material dos encontros vocacionais, ano litúrgico, etc...


















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