01 agosto 2009

A família é tudo

A FAMÍLIA É TUDO TAMBÉM NA CATEQUESE.MAS É PRECISO EXERCITAR

Todo o sábado pela manhã visito a minha mãe. Jogamos conversa fora, falamos da vida e tomamos um gostoso café.

Minha mãe é uma pessoa simples, com pouco estudo, mas é um poço de sabedoria. Uma vez por mês visito meus tios que moram na Terceira Légua, zona rural de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.

Estão velhinhos mas são lúcidos, conscientes, inteligentes e dispostos. Eles adoram uma visita, sentem-se valorizados. Damos boas risadas quando nos encontramos. Estas visitas não passam de uma hora, no máximo duas.

Costumo ligar seguidamente para as minhas irmãs (tenho três, todas casadas). Não ficamos muito ao telefone e, quando ligo, é apenas para lhes dizer um oi. As vezes estico a conversa e pergunto como estão ou conto uma piada. Em outras ocasiões estou pronto para ouvir seus desabafos e elas também ouvem minhas angústias, quando necessário.

Nossas conversas não são longas, embora freqüentes No último domingo eu, minha mulher, meu irmão, minha cunhada e meu sobrinho, almoçamos juntos. Falamos da vida, política, futebol, amor, relacionamentos, família, contamos piada, falamos do nada, rimos e brincamos muito um com o outro. Isso tudo do meio-dia às 13h30min, ou seja, uma hora e meia.

Minha rotina é simples e nela prezo muito pela minha família embora não reconheça nela nenhum exemplo de união. Procuro fazer minha parte e não gosto de ficar lamentando a sorte ou invejando a família dos outros. Não fomos criados com pequenos gestos e tivemos inúmeras dificuldades na nossa criação.

Por isso, ainda hoje, surgem atritos e discussões entre a gente mas sei que no fundo, gostamos muito um do outro. Conheço muita gente que dá mais bola para o cachorro de estimação do que para um irmão de sangue. Alegam que falta de tempo para uma visita, um telefonema, um e-mail para alguém mais próximo da família mas encontram tempo suficiente para passearem no parque com seus bichinhos de estimação.

Adoro bichos, mas prefiro seres humanos. Acho mais interessante um café na casa da minha mãe ou uma visita aos meus tios ou ainda, um almoço de família com um de meus irmãos. Sou daqueles que ainda acha que família é tudo, mesmo que lá em casa ainda não saibam dizer \"eu te amo minha irmã \" eu gosto de você meu irmão\" e que ainda fiquem constrangidos com um beijo no rosto ou um simples abraço.

A catequese precisa deste incentivo, destas pequenas coisas. A família é a base de tudo. Conversar sobre a importância de valorizar o pai, a mãe, os irmãos, o sentido do perdão e a importância dos pequenos gestos, do qual sou um defensor \"ferrenho\".

Um bom dia, um \"olá\" um \"oi\", um beijo no rosto, um \"muito obrigado\" ou \"desculpas\", estas coisas, precisam começar em casa e continuar na escola e na catequese. Os encontros podem ser um exercício e tanto para que tudo isso aconteça. Mas não tenha medo de iniciar este processo desde o início.

Exija, coloque como regra, todos devem se cumprimentar ao chegar e ao sair dos encontros de catequese. Faça esta cobrança com o poder de catequista que você tem,pois estas pequenas atitudes são fundamentais. Isso é evangelização. Ensinar boas maneiras é educar para a paz, para a vida e isso é sim senhor, tarefa do catequista.

Regra básica da catequese: não deixe que nenhum de seus alunos entre em sala de aula sem olhar nos olhos de seus colegas, sem um \"toque\". Insista com isso, pode ser do jeito deles não tem problema, é até melhor. Mas eles precisam desta aproximação. Você, como catequista, é fundamental para que isso aconteça.

E se também você, no trato com as pessoas que lhe são próximas, não tem muito jeito para estas coisas, comece a exercitar, tente pelo menos. Ninguém pode ensinar para os outros aquilo que não tem. Minha família não é a melhor do mundo, mas para mim é tudo. A catequese precisa saber disso. Os catequistas precisam ensinar isso como uma verdade a ser exercitada e respeitada.

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